Carregador à base de água

É capaz que a empresa Horizon Fuel Cells tenha iniciado neste mês um novo momento no uso de energias limpas e renováveis. Ou não. O abre-alas desse tempo seria o MiniPak, um dispositivo portátil que carrega baterias a partir da água.

O conjunto pilha + transformador não seria tão relevante se não fossem dois motivos: seu funcionamento e o preço. O princípio da MiniPak é semelhante ao experimento de Alexandre Volta, mas não envolve substâncias tóxicas ou metais pesados — os elementos mais nocivos ao planeta no caso das baterias comuns.
A tecnologia da Horizon consiste, basicamente, numa solução de hidreto que absorve o hidrogênio da água e realiza a transformação em energia elétrica, transmitida por uma porta USB. A potência do dispositivo é de 1,5W a 2W e cai bem para gadgets do dia a dia, como MP3 players, smartphones, celulares, etc. Seu tamanho não difere muito do tamanho destes produtos.

A Horizon afirma que um cartucho do carregador tem 12Wh, o equivalente a mil baterias AAs. Ao contrário delas, no entanto, eles podem ser reciclados e seus resíduos são apenas vapor de água. O kit do MiniPAK vem com duas pilhas e o carregador em si, a um preço de 100 dólares. Um valor bem razoável por aquilo que o produto se propõe.

VIa: Info

junho 21, 2010 at 6:15 pm Deixe um comentário

Caneta biodegradável

A fabricante DBA, acaba de lançar uma grande novidade, uma caneta 98% biodegradável, não é a solução para o problema da poluição, mas demonstra que é possivel criarmos produtos que não agridam tanto o meio ambiente.

A DBA 98 além de ser biodegradável, conta também com uma embalagem totalmente reciclável.
Só por curiosidade uma caneta comum pode demorar mais de 400 anos para se decompor na natureza e a DBA 98 apenas 180 dias.

maio 3, 2010 at 8:04 pm Deixe um comentário

Sustentabilidade vira estratégia no Walmart e na Philips

Tema deixará de ser diferencial e entra no planejamento estratégico das empresas

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing
sylvia@mundodomarketing.com.br

A sustentabilidade já não pode ser considerada um diferencial competitivo. Em um futuro próximo, empresas que não realizarem ações sustentáveis serão engolidas por um mercado cada vez mais exigente. Hoje, o assunto é realidade para companhias como Walmart, Philips e Unimed, que incluem o tema em sua estratégia de Marketing.

Muito além do cuidado com o meio ambiente, a sustentabilidade visa o todo, desde o relacionamento com os funcionários, passando pelo consumidor e pela comunidade. A Unimed é um exemplo disso. Uma das ações da cooperativa de médicos é o Projeto Arredores. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Instituto Terrazul e a Unimed-Rio.

A ideia surgiu quando a Unimed-Rio se instalou no bairro da Barra da Tijuca e resolveu cuidar da Ilha da Gigóia, que fica no entorno de sua sede, com três mil moradores, onde funciona o Instituto Terrazul. Desde então, o projeto de educação ambiental beneficiou mais de mil crianças, enquanto outras 300 passaram pelos núcleos de educação digital e comunicação audiovisual.

Contribuir para reparar
A ação também realiza mutirões de limpeza de rios, lagoas, praias e recupera áreas degradadas como manguezal e restinga. “Com o Mangue Saudável, a área, que antes era abandonada, recebeu um modelo de gestão e de limpeza”, explica Virgínio Sanches, Superintendente de Comunicação e Sustentabilidade da Unimed-Rio, durante o IV Fórum ABA Rio de Responsabilidade Socioambiental para a Sustentabilidade.

A responsabilidade social é um dos pilares da sustentabilidade, mas o cuidado com o meio ambiente é indispensável. Boa parte do portfólio da Philips é composta por produtos que geram gasto de energia. Por isso, a empresa procura contribuir de duas formas para minimizar o impacto. A primeira é reduzir o consumo de eletricidade de seus produtos, enquanto a segunda é investir em tecnologia para melhorar a vida das pessoas.

“A maioria dos produtos da Philips é colocada na tomada, consumimos muita energia. O que fazemos hoje é pensar no que vamos deixar para o futuro, satisfazendo as gerações atuais sem comprometer as futuras”, diz Renata Macedo, Gerente de Sustentabilidade da Philips do Brasil e Presidente do Comitê de Responsabilidade Socioambiental da ABA.

Produto verde vende
Desde sua inauguração, em 1891, a empresa holandesa se preocupa com o desenvolvimento de produtos e com o seu público interno, composto por 116 mil funcionários em mais de 150 países. Nos últimos anos, essas questões ficaram mais fortes e, em 2010, a sustentabilidade entra definitivamente na estratégia da empresa.

Em 2009, os produtos verdes da Philips representaram um total de 31% das vendas globais de US$ 33 bilhões, contra 23% em 2008. Durante o período, foram mais de 400 milhões de euros investidos e 800 produtos sustentáveis lançados. “Para ser um produto verde é preciso unir o design à eficiência, economizar energia, usar menos embalagem e substâncias tóxicas, pesar menos, ser reciclável e ter um tempo de vida maior. Se o produto tiver pelo menos três desses critérios já é considerado verde”, explica a Gerente de Sustentabilidade da Philips.

Uma prova de que sustentabilidade é uma constante na empresa há bastante tempo é o Programa EcoVision. Lançado em 1994, o projeto está em sua quinta edição e é apoiado em aspectos como educação, preservação ambiental e responsabilidade com o meio ambiente para trazer novos produtos aos consumidores. Suas metas são monitoradas por um sistema on-line que acompanha o progresso das divisões de produto em todo mundo.

Parcerias sustentáveis
Até 2015, a expectativa da empresa é facilitar o acesso à saúde a mais de 500 milhões de pessoas, melhorar a eficiência energética dos produtos e processos em 50% e dobrar a coleta de resíduos, a reciclagem e o uso de materiais reciclados. Em dezembro de 2008, a marca lançou em Manaus o piloto do Programa Ciclo Sustentável Philips, que recolhe lixo eletrônico.

Agora, a empresa pretende ampliar os pontos de coleta para todo o país. Outro passo importante para promover o desenvolvimento sustentável é a presença de fábricas no Brasil. “As fábricas no país barateiam os custos da fabricação do produto, de sua distribuição e, consequentemente, da venda. O custo para produzir itens verdes não é mais alto”, aponta Renata.

Parcerias com clientes e distribuidores também contribuem. “O Walmart chamou a Philips e outros fornecedores para criar um estande de produtos verdes. Tivemos duas horas de conversa sobre o tema com as promotoras, que distribuíram folhetos de preços com informações incentivando o consumo consciente”, conta a Gerente de Sustentabilidade.

Menos comunicação
A divulgação de produtos sustentáveis de grandes empresas como a Philips é uma das muitas iniciativas realizadas pelo Walmart para promover a sustentabilidade. O gigante do varejo mundial – com um faturamento global de cerca de US$ 400 bilhões – conseguiu nos últimos anos substituir a imagem de vilão nos Estados Unidos, seu país de origem, e hoje caminha para ser uma empresa 100% sustentável.

“O Walmart viu que a sustentabilidade é sim parte do negócio. Se não inserirmos ações sustentáveis estaremos comprometendo o nosso futuro. O assunto permeia todas as divisões da empresa. Só assim o Walmart continuará sendo líder no setor varejista”, acredita Carolina Costa, Gerente de Relações Institucionais do Walmart Brasil.

Uma pesquisa realizada pela consultoria Blue Sky para o Walmart revelou que as atividades da empresa representam apenas 8% do impacto no meio ambiente. Por isso, o Walmart busca estimular toda a cadeia para a adoção de princípios de sustentabilidade.

Ações estratégicas
Uma das iniciativas do varejista é o incentivo à redução do consumo de sacolas plásticas. O Walmart tem uma meta global de que, até 2013, o uso de sacolas caia pela metade. No ano passado, a empresa firmou o pacto pela sustentabilidade, que uniu mais de 200 fornecedores e ONGs como o Greenpeace.

A companhia ainda apoia a campanha “Saco é um Saco”, do Ministério do Meio Ambiente. Para atingir seu objetivo, o Walmart dá um crédito de R$ 0,03 a cada cinco itens no caixa, quando o cliente não utiliza a sacola plástica. O valor representa o custo que a empresa tem hoje por cada sacola. O Walmart também comercializa bolsas retornáveis, desde maio de 2008, pelo preço de custo (R$ 2,50). Desde então, já foram vendidas mais de dois milhões de unidades.

Entre os compromissos do varejista no Brasil estão o desenvolvimento sustentável da Amazônia, a erradicação do trabalho escravo e o Programa de Certificação de Produção Responsável na Cadeia Bovina, da Abras, que rastreia a origem da carne comercializada nos supermercados brasileiros.

Mudança para convencer o consumidor
O envolvimento do público interno nas ações realizadas é tão importante que o Walmart, além de treinar mais de 55 mil funcionários com cursos e cartilhas sobre o assunto, incentiva a prática de ações que promovam a qualidade de vida. Dos 80 mil funcionários das lojas espalhadas pelos 18 estados brasileiros, mais o Distrito Federal, 81% se comprometeram a escolher um projeto e terem seu desempenho monitorado.

Sustentabilidade vira estratégia no Walmart e na PhilipsAs atividades vão desde reciclagem em casa até a prática de exercícios físicos. Há ainda parcerias com 50 marcas fornecedoras como 3M, Kimberly-Clark, Pepsico, Bombril, Unilever, Johnson & Johnson e Nestlé, na ação global e anual Mês da Terra, que leva às gôndolas produtos que seguem conceitos sustentáveis para incrementar as vendas e incentivar o consumidor a fazer listas de compras mais conscientes.

O resultado de todo o esforço do Walmart para promover a sustentabilidade é visto nas unidades ecoeficientes. O país tem hoje seis lojas sob esse formato e um centro de distribuição. Os hipermercados dentro desse conceito têm o consumo de água reduzido em 40%, gastos de energia 25% menores e geram 30% a menos de gases do efeito estufa. O formato é aplicado há um ano em todas as unidades inauguradas e também nas que passam por reformas.

Caminho sem volta
Todas as ações incorporam o Programa Impacto Zero, que trabalha para reduzir os resíduos gerados pela produção. Atualmente, 10 lojas já têm 95% dos resíduos reciclados ou reaproveitados. Garrafas PET recolhidas nas estações de reciclagem, por exemplo, são separadas pelas cooperativas de catadores e dão origem a cobertores que voltam às lojas para serem comercializados.

A adoção de práticas sustentáveis é um caminho sem volta para as companhias e devem fazer parte do planejamento estratégico e das ações de Marketing de todas as empresas, desde que sejam coerentes e tenham um sentido educacional, de inspiração, para que outras empresas também estejam alinhadas ao tema.

“Não acredito que uma empresa que pratica sustentabilidade possa gastar mais comunicando uma ação do que com o próprio projeto, porque isso não é coerente, isso não é sustentável. Algumas empresas como a Natura e o Banco Real já entendem como fazer isso de forma ética”, aponta Flávia Moraes, Sócia da Consultoria Gestão Origami e Sócia-diretora da FMC Consultoria em Sustentabilidade, em entrevista ao Mundo do Marketing.

março 5, 2010 at 1:39 pm 1 comentário

Medalhas das Olimpíadas de Vancouver usam metais recuperados de eletrônicos

Escrito por Fernanda Dalla Costa

Parte das medalhas das Olimpíadas de Inverno de Vancouver vem de ouro, prata e cobre recuperados do lixo eletrônico, informou a mineradora canadense Teck Resources, que forneceu o material virgem para a fabricação dos prêmios.

Para a produção das medalhas, os minérios ouro, prata e cobre que foram retirados das minas da empresa foram fundidos com seus pares recuperados de circuitos eletrônicos. O produto dessas fusões foi refinado em grãos com 99,99% de pureza de cada metal.

Historicamente, as medalhas das competições somente eram produzidas com minerais virgens e esta é a primeira vez que metais recuperados de televisores, computadores e teclados são usados no processo.

De acordo com a empresa, essa prática é uma solução para o desafio de reduzir a quantidade de resíduos eletrônicos que são destinados a aterros.

A presença de metais recuperados nas medalhas é de 1,52% nas de ouro, 0,122% nas de prata e 1,11% nas de cobre.

A Teck utilizou ouro, prata e cobre processados pela recicladora de eletrônicos Umicore, situada na Bélgica.

março 4, 2010 at 12:49 pm Deixe um comentário

Washington cobra imposto sobre uso de saco plástico

Notícia do dia 31 de dezembro de 2009, o site G1 informou que a cidade de Washington, capital dos Estados Unidos, passará a cobrar um imposto de cinco centavos de dólar sobre cada saco plástico utilizado em compras de supermercado. O valor arrecadado será destinado ao financiamento da despoluição do rio Anacostia, que desemboca no Potomac, em Washington.
“Este imposto sobre sacos plásticos é o primeiro deste tipo” nos Estados Unidos, destacou a prefeitura em um comunicado.

A cidade de São Francisco proibiu os sacos plásticos e determinou sua substituição por bolsas de papel nos supermercados em 2008, e Seattle teve seu imposto derrubado por um referendo.

“Firmei esta lei com o objetivo de reduzir o volume de sacos plásticos que contaminam nossos rios. Queremos que todo o mundo saiba que se pode salvar o rio e poupar cinco centavos levando sua própria bolsa de compras”, destacou o prefeito de Washington, Adrian Fenty.

Segundo os fabricantes de sacos plásticos, a decisão deve custar às famílias de Washington “cinco milhões de dólares em 2010″.

O interessante é notar que mais e mais cidades e estados ao redor do mundo tomam decisões na direção de restringir ou banir o uso de sacolas plásticas, vistas como um item que contribui para a poluição das cidades, rios e florestas, e uma comodidade ultrapassada. 2010 abre um novo momento na história da humanidade: o momento em que percebemos que não há mais um futuro no qual deveremos nos preocupar com o meio ambiente, mas sim um agora.

Fonte: http://www.sacoeumsaco.com.br/blog/

janeiro 12, 2010 at 11:56 am Deixe um comentário

Feira no Japão exibe produtos ecológicos

A feira de produtos ecológicos Eco-Products, cuja 11ª edição terminou neste sábado, no Japão, mostrou aos visitantes os produtos “verdes”, voltados a uma vida sustentável, de cerca de 700 exibidores. Lâmpadas de LED, janelas que captam a luz do sol e recarregam gadgets, além de carros ecológicos, estavam entre os destaques.

A organização da décima primeira edição da Eco-Products esperava a presença de cerca de 180 mil visitantes (no ano passado, o público registrado foi de 173,9 mil pessoas, com 758 companhias exibindo produtos em 1,78 estandes).

A feira começou a ser realizada em 1999 com o objetivo de aproximar indústria, instituições e o público interessado em artigos e produtos não poluentes.

Redação Terra

dezembro 13, 2009 at 8:24 pm Deixe um comentário

A História das Coisas

Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.

História das Coisas é um documentário de 20 minutos, direto, passo a passo, baseado nos subterrâneos de nossos padrões de consumo.

História das Coisas revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo.

História das Coisas nos ensina muita coisa, nos faz rir, e pode mudar para sempre a forma como vemos os produtos que consumimos em
nossas vidas.

novembro 14, 2009 at 2:55 pm Deixe um comentário

Árvore de Natal

Gostaria de deixar claro que o blog tem por objetivo discutir a sustentabilidade na mídia e não receita de faça você mesmo ou passo à passo. Desta vez vou dar uma colher de chá. Encontrei esse modelo de árvore de Natal feita com garrafa de refrigerante no blog Sonho de Artesanato. Essa árvore é bem simples e fácil de fazer.

http://sonhodeartesanato.blogspot.com/search/label/Decora%C3%A7%C3%A3o%20de%20Natal

novembro 3, 2009 at 6:31 pm Deixe um comentário

O novo lugar de trabalho

Elisa Tozzi
Revista Você S/A – 10/2009

Há pouco mais de um ano, o engenheiro automobilístico Franco Fodor, de 41 anos, resolveu deixar o cargo charmoso de diretor regional de vendas das marcas Jaguar e Land Rover na América Latina e abrir com um sócio uma empresa de turismo ambiental. “O mundo corporativo não me realizava mais.

Eu precisava enfrentar e vencer novos desafios”, diz. Em vez de ir a um escritório próprio ou de trabalhar em casa, Franco vai todos os dias para um galpão de 500 m2, na região central de São Paulo, onde aluga uma mesa, abre seu notebook e cumpre suas tarefas.

O novo local de trabalho de Franco chama-se The Hub São Paulo, um espaço para microempreendedores, consultores, profissionais independentes e pequenas empresas montarem sua base de operações. Tem biblioteca, cozinha, acesso à internet e até um balanço para repouso.

O aluguel varia de 50 a 660 reais por mês, dependendo do número de horas contratadas, e fica aberto de segunda a sexta, das 8h às 20h. Hoje, o lugar abriga cerca de 130 profissionais de diversas áreas – de economistas a designers. Para se tornar um membro, existe um único pré-requisito: “Comprovar que seu trabalho tem comprometimento com a transformação social ou ecológica do planeta”, diz Maria Piza, coordenadora do The Hub São Paulo.

Criado em Londres, na Inglaterra, em 2005, o conceito de escritório coletivo já está em 12 cidades do mundo. Em São Paulo, o espaço foi aberto em agosto de 2008, trazido pelo argentino Pablo Handl, seguindo os ideais originais: reunir desenvolvimento sustentável e trabalho colaborativo.

O Hub sintetiza um jeito contemporâneo de encarar o trabalho, que une independência, empreendedorismo e preocupação com o futuro do planeta. É possível organizar seus clientes em dois tipos de trajetória profissional. De um lado estão engenheiros, administradores, advogados. São pessoas que vieram de empregos convencionais em busca de maior realização profissional.

No caminho inverso, estão profissionais de áreas diversas, como biólogos, publicitários, designers. Antes, esse grupo recebia do primeiro o rótulo de alternativo. Hoje, a quantidade de oportunidades de trabalho e negócios com fundo socioambiental é suficiente para permitir que um profissional enxergue uma perspectiva de carreira de mais longo prazo na área. “Vi na sustentabilidade uma oportunidade de mercado”, diz a administradora paulistana Taís Carolina Lucilio da Silva, de 30 anos. Ela trocou uma carreira de dez anos como vendedora para montar uma consultoria de marketing para empresas verdes e desenvolver uma marca de roupas ecologicamente correta. “Apesar de ter um bom crescimento na minha carreira, chegou um momento em que percebi que precisava de satisfação pessoal”, diz Taís.

A facilidade de fazer contatos é um dos grandes atrativos do Hub. Todos os dias, às 5 da tarde, Maria, a coordenadora, convoca quem estiver no local para uma pausa regada a café, biscoitos e discussões. A cada encontro um dos frequentadores fala sobre seu projeto, mostra quais problemas enfrenta, recebe sugestões e orientações dos participantes. “Estimulamos as conexões entre membros”, diz Maria. “No Hub, posso trocar experiências com profissionais que têm uma visão de mundo semelhante a minha”, diz a advogada Barbara da Costa Pinto Oliveira, de 32 anos, que criou uma consultoria de treinamento e gestão focada em sustentabilidade.

Essa integração foi fundamental para Douglas Siqueira, de 41 anos, economista e administrador. À frente da ONG Navega São Paulo, que estimula políticas e práticas para despoluir o Rio Tietê, ele usa o Hub como escritório e contata os profissionais que o cercam para desenvolver seu projeto. Numa das ações recentes da ONG, Douglas contou com o auxílio de uma assessoria de imprensa, de uma profissional que trabalha com créditos de carbono e de uma pequena equipe de eventos que trabalham no Hub. “A ação só foi possível graças a esses profissionais”, diz.

Além do compromisso com a sustentabilidade, os membros do Hub têm outra característica em comum: a vocação empreendedora. Douglas é um ótimo exemplo. Com uma carreira estabelecida na área de marketing, já deixou o emprego para abrir um bar e, depois, para administrar a Navega São Paulo. “Criar está no meu DNA”, diz.

O fomento ao empreendedorismo não fica restrito aos membros. Diretores de instituições como Amana Key e banco Santander participam do projeto de coaching coletivo Vitamina C, que coloca frente a frente empresários e empreendedores. O objetivo é fazer com que do encontro surjam novas práticas empresariais. “As empresas nos procuram porque aqui têm fácil acesso a ideias inovadoras”, explica Maria Piza.

DEPOIMENTOS

Franco Fodor, 41 anos, engenheiro
“Deixei o cargo de gerente regional da Jaguar para montar minha consultoria. Nada é mais importante do que qualidade de vida e poder inovar”

Taís Carolina Lucilio da Silva, 30 anos, administradora
“Comecei a calcular e notei que iniciativas sustentáveis não são tão caras quanto parecem. É possível montar um negócio verde lucrativo, por isso investi numa marca de roupas ecológicas”

Douglas Siqueira, 41 anos, economista e administrador
“Sempre fui empreendedor. No Hub tenho contato diário com diversos tipos de projetos e me sinto ainda mais estimulado a criar. Isso faz com que eu esteja sempre revisando meus conceitos”

Barbara da Costa Pinto Oliveira, 32 anos, advogada
“Poucos têm conhecimento amplo sobre sustentabilidade. É preciso entender as implicações ambientais, sociais e econômicas da questão. Há muito espaço neste mercado”

QUER SE TORNAR UM MEMBRO?
Inscreva-se no site ou leve seu projeto pessoalmente ao The Hub São Paulo. Rua Bela Cintra, 409, Consolação, São Paulo-SP. Tel (11) 3539-8574.

Há pouco mais de um ano, o engenheiro automobilístico Franco Fodor, de 41 anos, resolveu deixar o cargo charmoso de diretor regional de vendas das marcas Jaguar e Land Rover na América Latina e abrir com um sócio uma empresa de turismo ambiental. “O mundo corporativo não me realizava mais.

Eu precisava enfrentar e vencer novos desafios”, diz. Em vez de ir a um escritório próprio ou de trabalhar em casa, Franco vai todos os dias para um galpão de 500 m2, na região central de São Paulo, onde aluga uma mesa, abre seu notebook e cumpre suas tarefas.

O novo local de trabalho de Franco chama-se The Hub São Paulo, um espaço para microempreendedores, consultores, profissionais independentes e pequenas empresas montarem sua base de operações. Tem biblioteca, cozinha, acesso à internet e até um balanço para repouso.

O aluguel varia de 50 a 660 reais por mês, dependendo do número de horas contratadas, e fica aberto de segunda a sexta, das 8h às 20h. Hoje, o lugar abriga cerca de 130 profissionais de diversas áreas – de economistas a designers. Para se tornar um membro, existe um único pré-requisito: “Comprovar que seu trabalho tem comprometimento com a transformação social ou ecológica do planeta”, diz Maria Piza, coordenadora do The Hub São Paulo.

Criado em Londres, na Inglaterra, em 2005, o conceito de escritório coletivo já está em 12 cidades do mundo. Em São Paulo, o espaço foi aberto em agosto de 2008, trazido pelo argentino Pablo Handl, seguindo os ideais originais: reunir desenvolvimento sustentável e trabalho colaborativo.

O Hub sintetiza um jeito contemporâneo de encarar o trabalho, que une independência, empreendedorismo e preocupação com o futuro do planeta. É possível organizar seus clientes em dois tipos de trajetória profissional. De um lado estão engenheiros, administradores, advogados. São pessoas que vieram de empregos convencionais em busca de maior realização profissional.

No caminho inverso, estão profissionais de áreas diversas, como biólogos, publicitários, designers. Antes, esse grupo recebia do primeiro o rótulo de alternativo. Hoje, a quantidade de oportunidades de trabalho e negócios com fundo socioambiental é suficiente para permitir que um profissional enxergue uma perspectiva de carreira de mais longo prazo na área. “Vi na sustentabilidade uma oportunidade de mercado”, diz a administradora paulistana Taís Carolina Lucilio da Silva, de 30 anos. Ela trocou uma carreira de dez anos como vendedora para montar uma consultoria de marketing para empresas verdes e desenvolver uma marca de roupas ecologicamente correta. “Apesar de ter um bom crescimento na minha carreira, chegou um momento em que percebi que precisava de satisfação pessoal”, diz Taís.

A facilidade de fazer contatos é um dos grandes atrativos do Hub. Todos os dias, às 5 da tarde, Maria, a coordenadora, convoca quem estiver no local para uma pausa regada a café, biscoitos e discussões. A cada encontro um dos frequentadores fala sobre seu projeto, mostra quais problemas enfrenta, recebe sugestões e orientações dos participantes.
o-novo-lugar-de-trabalho-Abre

novembro 3, 2009 at 6:11 pm Deixe um comentário

Biomóvel, a marca do mobiliário sustentável

Beleza, resistência e visão ambiental. Os móveis batizados com o selo Biomóvel oferecem aos consumidores a oportunidade de praticar princípios ecológicos ao mobiliar seus ambientes. O projeto, inédito no Brasil, trabalha o conceito de móvel sustentável e ecologicamente correto, utilizando somente madeira renovável, tecnologia limpa e materiais não nocivos ao meio ambiente ou à saúde das pessoas.
O Biomóvel é uma exclusividade das pessoas que integram o APL Móveis do Planalto Norte Catarinense, já conhecidas mundialmente pela qualidade dos seus produtos e por seguirem rigorosas normas ambientais nacionais e internacionais. Atualmente são 26 indústrias credenciadas a produzir móveis com o selo Biomóvel, que exige auditorias e análises de cada produto para certificar que os requisitos exigidos em todos os processos de processos de produção são cumpridos. É a prática de um modelo econômico e social sustentável, através de produtos diferenciados e alinhados à cultura ambiental

Jorn. Ivan R. Liebl para a revista Banana D’Água

outubro 8, 2009 at 6:46 pm Deixe um comentário

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